ANA ADÉLIA JÁCOMO
O secretário de Logística Intermodal do Estado, Francisco Vuolo, afirmou que a licitação para concessão da obra de implantação da Ferrovia Senador Vuolo em Cuiabá será lançada no próximo ano. A previsão é que o trecho de 220 km, custe R$ 1,1 bilhão. A obra deve durar aproximadamente três anos para ser concluída, ou seja, apenas em 2018.
Vuolo afirmou que no próximo mês a licença operacional do Terminal de Rondonópolis deve ser liberada e a inauguração pode ocorrer ainda este ano. O próximo passo é a construção do Terminal de Cuiabá, que será construído no Distrito Industrial.
O projeto foi idealizado em 1975, pelo ex-senador Vicente Vuolo – pai do secretário, que enfatizou a morosidade do Governo Federal em viabilizar projetos. “O projeto está andando, só que é lento. No Brasil há muita burocracia, não há uma política especifica para logística. As coisas andam a ‘passos de tartaruga’, por isso, no aspecto ferroviário, muito se deve à iniciativa privada”, lamentou ele.
Para garantir a chegada dos trilhos à capital, Mato Grosso precisa comprovar por meio de estudos, a viabilidade econômica do projeto, com investimento de aproximadamente R$ 1,2 bilhão a ser capitalizado por investidores da China. Eles já confirmaram interesse sobre o projeto junto ao Executivo.
O problema é encontrar sustentação real para rebater as vantagens do modal rodoviário, sobre o ferroviário. Estudos apontam que em trecho de até 500 quilômetros é mais vantajoso o transporte via caminhões. A extensão entre Cuiabá e Rondonópolis é de 220 quilômetros. É preciso viabilizar vantagens, como a garantia da carga retorno e de um polo macro industrial. O distrito industrial ainda paira sobre modelo incipiente.
Mato Grosso, dada à extensão territorial, tem um dos maiores custos logísticos do país. Despesas relativas ao escoamento da produção serão reduzidas com a prevista inauguração do Terminal Ferroviário de Rondonópolis, ainda no primeiro semestre deste ano, com investimentos de aproximadamente R$ 600 milhões em área de 380 hectares.
Se chegar a Cuiabá, a ferrovia poderá ser estendida em etapa posterior, chegando a Santarém, em investimento estimado em R$ 10 bilhões. O escoamento via portos da região Norte do país deverá ser de 15 a 20 milhões de toneladas de grãos por ano, quando o sistema estiver em pleno funcionamento.
Com a obra, o Estado pode obter ainda mais vantagens a partir da interligação de modais de transporte. Essa seria a melhor alternativa para maximizar o potencial econômico da cadeia produtiva de Mato Grosso, por meio do elo chave de transporte: rodovias, ferrovias e hidrovias.
A América Latina Logística (ALL) informou na ocasião do lançamento do terminal de cargas de Itiquira, em 2011, que não tem interesse no trecho, alegando justamente, que não há viabilidade econômica. Leia aqui.
Amaury Costa 28/03/2013
Engraçado né. Campo Grande/MS, que não tem nenhuma viabilidade econômica, tem ferrovia a mais de 50 anos. E Cuiabá/MT que se situa no Centro Geodésico da América do Sul e que está estrategicamente localizada entre a região médio norte de MT (que é a maior produtora de grãos no país) e o Sul/Leste do Brasil, não tem ferrovia por quê? Essa desculpa de viabilidade é conversa pra boi dormir. Somente por esse pouco comentário que escrevi acima, Cuiabá já tem viabilidade quase igual ou até mesmo superior que as viabilidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Quer saber a verdade? para mim isso aí relacho ou mesmo culpa de nossos políticos que são uns frouchos (bun... moles). Ou então não conseguiram que as empresas que executariam essa obra dessem a famosa caixinha....!!!!É importante registrar que o governo de Mato Grosso está na base da Presidência do país desde o governo Lula. Ou seja, já tem 10 anos e meio e até agora naaaaddaaaaa. Isso sem falar do governo FHC e Dante. Vergonha isso! Cuiabá não merece os políticos que tem!
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