ALINE FRANCISCO
A empresa Kango Brasil, vencedora da primeira concorrência para aquisição mobílias esportivas para a Arena Pantanal, se defendeu da acusação de superfaturamento no valor as cadeiras para a arquibancada nesta sexta-feira (18).
O primeiro processo foi suspenso pela Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo de 2014 (Secopa) após orientação dos Ministérios Públicos Federal e Estadual. A empresa sugere que a realização de uma nova licitação dará margem para que empresas se beneficiem de forma ilícita do certame.
Por meio de nota, a Kango afirmou aoRepórterMT que o processo seguiu com lisura e o valor das cadeiras que seriam instaladas na Arena Pantanal não podem ser comparados com as que serão instaladas no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
No estádio brasiliense a empresa que irá instalar as cadeiras será a Desk, e as cadeiras solicitadas por meio do edital para a Arena Pantanal é de qualidade superior e modelos completamente diferentes. Outro ponto levantado pela Kango para o baixo custo da cadeira do Estádio Mané Garrincha é o fato da empresa ter recebido a isenção de imposto para fornecer as 72,4 mil cadeiras. O valor unitário será de R$ 175, totalizando R$ 12,7 milhões. O que não houve para a empresa Kango em Mato Grosso.
Em contra-ataque, a Kango disse que a imprensa ventilou informações que desqualificavam sua imagem diante da sociedade. Segundo eles, as notícias veiculadas nos meios de comunicação insinuam que a empresa foi favorecida por concorrer sozinha no processo licitatório.
“Foi ventilado um possível “direcionamento” que favoreceria a Kango dentro do processo de licitação. Essa é outra alegação tendenciosa e mal formulada, pois dentro da própria formação de uma licitação, não é possível que a mesma seja realizada apenas com uma concorrente, esse modelo é denominado como uma “compra exclusiva”, ou seja, o governo apenas realizaria uma compra simples na Kango, sem a necessidade de nenhum tipo de concorrência, tendo em vista que ela seria a única fornecedora (na teoria), do produto procurado”, diz trecho da nota.
Quanto ao cancelamento do primeiro edital, a Kango negou superfaturamento das cadeiras. A empresa frisou ainda que cumpriu todas as exigências e não cometeu nenhum ato de má fé contra em relação ao contrato firmado.
EMPRESA INCONFORMADA
A Kango ingressou com uma denúncia de irregularidade no novo processo licitatório que será realizado na próxima terça-feira (22). A ação pode até mesmo promover a suspensão do pregão.
A empresa deixou claro que abriu mão de participar do certame aberto para as cadeiras da Arena Pantanal, tendo por pressuposto que já é a vencedora legal do processo realizado anteriormente e seria completamente antiético participar de outra concorrência, mesmo que esta seja para outro produto.
A Kango afirmou que um novo processo, a esta altura sairá ainda mais caro para o Governo e deixa ainda mais a mostra a possibilidade de, neste momento, existir alguma empresa que possa ser beneficiada de maneira ilícita.
TRONOS DE OURO
O governo de Mato Grosso contratou por R$ 19,4 milhões a empresa Kango Brasil Ltda, única licitante, para fornecer e instalar 44,5 mil cadeiras na Arena Pantanal, construída em Cuiabá para a Copa de 2014. A mesma empresa cobrou bem menos, de R$ 12,7 milhões, para fornecer quase o dobro (72,4 mil cadeiras) ao Estádio Mané Garrincha, de Brasília, tantas vezes acusado de custar mais que os outros. A licitação havia sido suspensa no início do ano, pois houve reclamação de que a concorrência era direcionada para a Kango.
eliel 20/10/2013
Assim foi vitima por que não levou nda ne , quando vendeu uma cadeira bem acima do preço não foi vitima tava levando um por fora ,
1 comentários