CELLY SILVA
DA REDAÇÃO
A defesa da Coligação Dante de Oliveira, que teve como candidato o deputado estadual Wilson Santos (PSDB), protocolou uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral pedindo a cassação do registro do prefeito eleito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB).
A aliança tucana alega que o peemedebista teria usado sua equipe de marketing e jornalismo e alguns veículos de comunicação para difamá-lo.
A ação, protocolada na 55ª Zona Eleitoral, cita que o ex-senador Antero Paes de Barros, que foi responsável pelo marketing da campanha de Pinheiro, e o jornalista Alexandre Aprá, que atuou na direção de Comunicação, teriam usado seus blogs para divulgar notícias que teriam difamado a imagem de Wilson.
A peça destaca que a publicação de maior gravidade foi uma reportagem, publicada no blog “Isso É Notícia”, que apontaria prática de crime por parte do então candidato tucano, pelo fato de ele supostamente ser sócio de uma empresa e exercer o cargo de deputado estadual e de não ter declarado nas contas eleitorais.
A coligação argumentou que a publicação teria induzido o leitor ao erro, fazendo-o acreditar que Wilson teria cometido crime que a infração seria de caráter administrativo.
Além disso, a sociedade comercial não teria sido declarada à Justiça Eleitoral por “mero equívoco”, segundo a defesa do tucano.
Outro lado
Ao , o advogado Nestor Fidélis, que defende Emanuel Pinheiro, disse que a ação não deve impactar no resultado da eleição.
Ele informou que recebeu a notificação da Justiça e que apresentou a defesa, argumentando que as notícias foram veiculadas de forma ampla, não somente pelos blogs de Antero de Barros e Alexandre Aprá, mas também por outros veículos de comunicação, sem citar nomes.
“Todo mundo divulgou. E mais, eles não são impedidos de exercer o jornalismo”, disse o advogado.
“O Antero ainda teve o cuidado de divulgar informações sobre todos os candidatos. Quanto ao detalhe de existirem mais decisões judiciais favoráveis ao Emanuel e contra o Wilson, isso não significa que ele criou o fato, ele só noticiou. E todo noticiaram”, afirmou Fidélis.
O advogado disse que o então candidato Emanuel Pinheiro não tinha como impedir que a imprensa divulgasse fatos contrários a Wilson Santos.
"Ele não tinha prévio conhecimento sobre o que a imprensa iria divulgar. Ele não se beneficiaria. E não há por que falar que o resultado da eleição foi diferente por causa disso”, afirmou.
Moça 30/11/2016
Wilson, ACEITA QUE DOÍ MENOS MEU FILHO
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