JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Um preso foi baleado no rosto ao tentar pular o muro da Penitenciária Central do Estado (PCE), por volta das 23h, desta segunda-feira (10). Ele foi baleado por um agente prisional, que flagrou a tentativa de fuga, da torre de monitoramento e atirou, na intenção de coibi-la. O detento ferido foi levado ao Pronto-Socorro de Cuiabá, onde segue internado. O estado de saúde dele não foi informado.
Segundo informações de um agente prisional, o detento, que não teve o nome divulgado, serrou parte da grade de uma cela do Raio 1. Em seguida, correu para o pátio em direção ao muro.
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A ação foi flagrada pelo agente na torre. Que segundo ele, ainda tentou alertar o detento, para desistir da fuga. No entanto, o preso não obedeceu. Com isso, o servidor atirou no rosto do homem. Com o plano fracassado, outros 30 presos que estavam na cela, desistiram da fuga e permanecerem na ala.
Após a tentativa de fuga os outros presos foram trocados de cela.
A Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) deve abrir um processo administrativo para descobrir se não houve participação de algum servidor na tentiva de fuga.
VIROU ROTINA
Na noite do dia 4, um detento do Raio 4 também serrou a grade da cela e tentou fugir junto com outros 9 presos. Um agente flagrou a tentativa de fuga e atirou na direção deles.
Um preso foi atingido de raspão em uma das pernas. Ele foi levado ao PSM, medicado e teve alta no mesmo dia.
PARA CONTER OS CRIMINOSOS
Na tentativa de coibir as fugas, o coronel da Polícia Militar, Clarindo Alves de Castro, secretário adjunto de Administração Penitenciária, informou que irá colocar quatro casais de gansos para ‘guardar’ a PCE.
"Eles são animais com funcionalidades ótimas: emitem sons altos quando percebem movimentações estranhas no ambiente em que vivem e isso se deve ao seu instinto territorialista; é uma tentativa de afastar invasores e defender seu território, chegando a atacar o invasor quando este insiste em uma aproximação”, explicou.
Os gansos, que tem um campo de visão melhor e um olfato mais aguçado que os cães e vão prestar auxílio aos guardas. Essas aves já são usadas para reforçar a segurança de unidades prisionais no Presídio de Jaraguá do Sul e da Penitenciária São Pedro de Alcântara, em Florianópolis, entre outras cadeias brasileiras.