JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Totalmente ‘sucateada’, com coletes vencidos, falta de efetivo e munições, além de outras precariedades, foi assim que a equipe de transição do novo governador Pedro Taques (PDT) concluiu a atual situação interna da Polícia Militar e Judiciária Civil.
Durante um mês, a equipe de transição do pedetista fez um ‘Raio X' nas Forças de Segurança de Mato Grosso, que é chefiada pela Secretaria de Segurança Pública (SESP), sob o comando do então secretário, Alexandre Bustamante.
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Segundo o diagnóstico apresentado pelo novo governador, faltam munições no estoque para carregar as armas dos policiais.
A dificuldade deve continuar em 2015, já que o atual Governo, não teria inserido na Lei Orçamentária Anual (LOA) a compra de novas ‘balas’. Outra dificuldade enfrentada pelos policiais militares é a ausência de coletes. Além de não ter o número suficiente para dar mais segurança aos PM’s, 50% do equipamento está vencido.
A equipe de transição ainda apontou que grande parte das viaturas da Polícia Militar está mal distribuída e inadequada para o uso. Com isso, a falta dessa distribuição pode ter sido um dos fatores que contribuiu para o aumento da violência em Mato Grosso. Já que 2014 é o ano mais violento na Grande Cuiabá, desde 2000. Até o momento, a Capital e Várzea Grande somam 464 assassinatos.
Sobre o efetivo das duas corporações, Taques descobriu que ao invés de aumentar o número de policias, houve uma evasão.
De acordo com os dados apresentados, comparados com os de 2011, a PM está com menos 571 militares. Além disso, 118 policiais estão cedidos ao poder Executivo, contrariando a LCE 231/2005, do Estatuto dos Militares de Mato Grosso.
Já a Civil, houve a diminuição 191 policiais. A corporação ainda tem a previsão que nos próximos quatro anos 419 ‘homens’, sendo 45 delegados, 84 escrivães e 290 investigadores, deixem a instituição.
Com relação à troca da farda da PM, feita em maio deste ano, sob a alegação que garantiria 'mais' conforto aos policiais, a equipe de Taques concluiu que o governador Silval Barbosa (PMDB) deixou uma dívida de R$ 7,2 milhões da compra do novo uniforme para a nova gestão.
NOVO SECRETÁRIO
Para a nova gestão, Taques nomeou para secretário da Sesp, o promotor de Justiça Mauro Zaque. Segundo ele, a pasta acumula uma dívida de R$ 40 milhões.
Zaque destacou que o déficit na força de trabalho é muito grande, e que os números tendem a piorar após a troca de gestão, já que grande parte dos dados ainda não foi repassada por Silval.