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Cuiabá, 11 de Agosto de 2025
11 de Agosto de 2025

11 de Agosto de 2025, 15h:47 - A | A

POLÍCIA / ROUBO EM BRASNORTE

Defesa de PMs envolvidos em assalto ao Sicredi alega exposição "desnecessária" e pede sigilo em processo

Anderson de Amaral Rodrigues e Alan Carvalho da Silva foram presos em flagrante pelos crimes de corrupção passiva e prevaricação.

FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTER MT



A defesa dos cabos da Polícia Militar Anderson de Amaral Rodrigues e Alan Carvalho da Silva, presos por suspeita de participar do assalto a uma agência do Sicredi, em Brasnorte (a 587 km de Cuiabá), no último dia 31 de julho, pediu que o processo entre em sigilo para evitar exposição desnecessária. 

Como justificativa, a defesa alegou também que o sigilo evitará que o processo seja conduzido pela opinião pública e a “ânsia punitiva”.

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Os advogados pontuam que a exposição irrestrita pode comprometer a imparcialidade do julgamento, a integridade da prova e, principalmente, a privacidade e a imagem dos acusados, “que, até prova em contrário, gozam da presunção de inocência”.

A manutenção do acesso irrestrito, com a constatação de acessos de terceiros sem ligação com o processo, apenas agrava este cenário, comprometendo a busca pela verdade real e a lisura da persecução penal”, diz trecho do pedido.

Outro ponto levantado pela defesa é que embora sejam agentes públicos, a vida privada e a imagem, especialmente diante de acusações tão graves e midiáticas, merecem proteção contra a exposição desnecessária.

"No presente caso, a proliferação de acessos por pessoas estranhas ao processo, em um contexto de intensa cobertura midiática e 'ânsia punitiva', demonstra um risco concreto à integridade da investigação e à imparcialidade do processo".

O acesso por terceiros sem relação com o processo indica que as informações não estão sendo utilizadas para o controle social legítimo, mas sim para finalidades que podem desviar a atenção do mérito e prejudicar a honra e a dignidade dos acusados”, completou. 

Assalto e prisão

No dia 31, quatro homens armados invadiram a agência bancária, renderam funcionários e clientes e levaram cerca de R$ 400 mil dos cofres e caixas eletrônicos. Até o momento, 14 bandidos foram presos, dentre eles, os dois policiais militares.

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De acordo com as investigações da Gerencia de Combate ao Crime Organizado (GCCO), o envolvimento dos PMs no crime tinha o objetivo de facilitar a fuga do bando. Os dois tinham ordem de simular uma troca de tiros com os assaltantes, mas não agiram “por falta de coragem”.

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Eles foram presos em flagrante pelos crimes de corrupção passiva e prevaricação.

No último dia (6), o promotor de Justiça Henrique de Carvalho Pugliesi pediu a manutenção da prisão dos militares.

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