DA REDAÇÃO
A Polícia Civil resgatou um caminhoneiro, de 42 anos, que estava sendo mantido em cativeiro, na noite desta terça-feira (3), no município de Jaciara. Também foi presa uma quadrilha que atuava no roubo de caminhões e cargas em Mato Grosso.
O caminhão roubado (Scania, cor vermelha) foi encontrado à beira da rodovia 364, km 315. Os carros utilizados pela quadrilha também foram apreendidos.
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Foram presos Paulo Victor da Silva Camargo, 28, apontado como líder da quadrilha, Elwis Clayton Fahy, 35, e sua companheira Jacqueline Patrícia Silva Alfonso, 21 – que no momento da prisão confessaram ter como atribuição no bando o desligamento do rastreador dos caminhões. Karolaine Aparecida da Silva, 20, que atuava como “isca” para atrair os caminhoneiros. Também foi apreendido o menor L.A. S, 17, responsável por manter a vítima refém em matagal, utilizando para isso um revólver calibre 38 (com cinco munições intactas).
Segundo informações da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (Derrfva), o trabalho integra a "Operação Conexão”, que ao longo de seis meses de investigação prendeu 27 pessoas envolvidas em roubo de caminhões para comercialização no Paraguai.
De acordo com o delegado titular da Derrfva, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, a quadrilha começou a atuar em agosto do ano passado.
“Desde então estamos monitorando o bando e conseguimos, durante o período de investigações realizar as prisões de todos os autores. A ação desta terça-feira é considerada um marco final dessa investigação, onde foi possível prender os remanescentes da quadrilha, e em especial o líder”.
As investigações apontaram que a quadrilha distribuía a carga roubada dos caminhões em empresas receptadoras e levavam o veículo para o Paraguai, onde era comercializado por valor inferior ao de mercado. O foco principal do grupo era o caminhão carreta tipo LS, marca Scania, avaliado em aproximadamente R$ 350 mil. No país vizinho, ele era vendido por cerca de R$ 50 mil.
Segundo o delegado Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, o modus operandi da quadrilha inicialmente era a utilização de “iscas” (mulheres na beira de estrada para atrair os motoristas). Mas recentemente o grupo criminoso usava “aranhas” (pessoas que subiam na carreta para desconectar a mangueira que fica entre o reboque e o cavalo).
Após o crime, os motoristas eram levados para cativeiro (localizados geralmente em área de matagal, na beira de estrada). Os caminhoneiros só eram libertados quando o veículo chegava ao destino final (Paraguai).
Os presos responderão pelos crimes de associação criminosa armada e roubo triplamente majorado (concurso de pessoas, uso de arma de fogo e restrição de liberdade da vítima) e serão encaminhados para audiência de custódia na cidade de Jaciara, onde ocorreu o crime.