MAYARA MICHELS
As investigações da Polícia Civil apontam que cerca de 20 pessoas participaram no planejamento e na execução da fuga dos 35 reeducandos da Penitenciária Central do Estado, na madrugada do dia 20. Quatro deles, são ex-presos que já conhecem o Sistema Prisional. Todos os fugitivos foram do Raio 3, local onde estão os detentos de alta periculosidade. Desses, 13 já foram recapturados.
O delegado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Gianmarco Paccola Capoani, que investiga a fuga, não descarta a facilitação de funcionários do presídio. Nesta semana ele irá ouvir todos os funcionários, inclusive agentes prisionais e os presos do Raio 3. "Já temos alguns nomes suspeitos que inclusive trabalharam naquela madrugada. No momento da explosão, os fugitivos estavam fora da cela", disse o delegado.
Apesar das suspeitas, apenas no final das investigações, é que o delegado irá afirmar se houve ou não a facilitação dos funcionários.
Criminosos armados com dinamites e fuzis explodiram parte do muro da unidade prisional e liberaram os presos. Com a explosão, uma enorme poeira se formou e dificultou a aproximação dos policiais. Os presos pularam a grade da quadra e na sequência fugiram juntos com a quadrilha que explodiu o muro.
Em oito carros, a quadrilha se aproximou da unidade prisional para explodir o muro e liberar os presos. Policiais que fazem a guarda do presídio trocaram tiros com os criminosos após a explosão.
Cerca de cinco veículos ficam no local, a polícia encontrou, armas, fuzis e várias munições. Agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da Ronda Tático Ostensiva (Rotam), continuam as buscas nesta semana.