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Cuiabá, 17 de Novembro de 2025
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05 de Outubro de 2017, 15h:54 - A | A

PODERES / GRAMPOS ILEGAIS

Sargento confessa que câmera foi acoplada em farda de militar a mando de Lesco

Segundo o advogado do sargento João Ricardo Soler, Reinaldo Josepp, Soler agiu para cumprir uma missão dada por Lesco sem saber o real motivo.

RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO



O sargento da Polícia Militar João Ricardo Soler, preso no último dia 27 por obstrução à Justiça, na Operação Esdras, confessou aos delegados Flávio Henrique Stringueta e Ana Cristina Feldner, responsáveis pelas investigações do esquema de grampos em Mato Grosso, que atuou na instalação da câmera na farda do tenente-coronel José Henrique Soares a pedido do ex-secretário-chefe da Casa Militar, coronel Evandro Lesco.

A informação foi confirmada pelo advogado do sargento, Reinaldo Josepp, nesta quinta-feira (5), em entrevista ao jornal do Meio Dia, da TV Record.

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“O sargento Soler ratificou os termos do depoimento dele. (...) Ele fez referência de sua participação na instalação do equipamento [de vídeo]. Isso [a participação do militar] está confirmado no depoimento do próprio Soler”, explicou Josepp.

Apesar de o depoimento durar cerca de 3h30, o advogado não detalhou pontos específicos da confissão do militar, no entanto, adiantou que Soler agiu para cumprir uma missão dada por Lesco sem saber o real motivo de implantar uma câmera na farda do tenente-coronel Soares.

“Segundo ele [Soler] teve um contato com o coronel Lesco. Mas o objetivo fugiu ao conhecimento do sargento Soler. Ele realizou essa ‘missão’ a pedido do coronel Lesco”, afirmou.

Mas, de acordo com as investigações, o objetivo do coronel Evandro Lesco era gravar o desembargador Orlando Perri – do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) – para conseguir afastá-lo da relatoria do processo que investiga um suposto esquema de “barriga de aluguel” no âmbito das Polícias Civil e Militar por meio de interceptações telefones ilegais.

Soler está detido em uma unidade militar juntamente com Evandro Lesco. O sargento integrou a equipe da Casa Militar, mas foi exonerado do cargo em comissão após Perri determinar sua prisão.

O advogado do sargento nega que a confissão de seu cliente seja com a finalidade de fechar um acordo de delação premiada para receber benefícios após serem condenados. 

“Essa informação é desconhecida por mim”, respondeu Josepp.

Veja o vídeo:

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