CAROL SANFORD
DA REDAÇÃO
O juiz da 7ª Vara Criminal, Marcos Faleiros negou o pedido de soltura ao alvo da Operação Regressus, Pitágoras Pinto de Arruda, preso no dia 25 de abril, por esquema de falsificação de documentos para progressão de regime do Poder Judiciário.
Ele foi assessor do juiz da Vara de Execuções Penais, Geraldo Fidélis, durante sete anos. O esquema foi denunciado pelo próprio juiz, em janeiro deste ano. Na operação, também foram presos o Marcelo Rocha, considerado como o maior estelionatário do Brasil e conhecido como “Marcelo Vip”, e assim como Márcio da Silva Batista, traficante de drogas com atuação no Rio de Janeiro, conhecido como "Porquinho".
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A decisão é de quarta-feira (2) e o magistrado argumentou que a prisão preventiva de Pitágoras deve ser mantida, uma vez que o próprio confessou ter participado do esquema deflagrado na operação. Faleiros também considerou que a soltura do ex-assessor causaria "desordem pública" diante dos crimes cometidos por ele.
“No presente caso, não houve qualquer modificação fática capaz de ensejar a revisão do decreto prisional recentemente deferido por este magistrado, razão pela qual a defesa deverá se valer de Habeas Corpus ao Egrégio Tribunal de Justiça”, escreveu Faleiros, em sua decisão.
As investigações da Polícia Civil apontaram que Pitágoras cobrava R$ 15 mil para livrar um preso da cadeia, de forma fraudulenta. A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) investiga 35 processos de progressão de pena que estão sob suspeita.
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