FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTER MT
O deputado estadual Eduardo Botelho (União) cobrou, nesta quarta-feira (17), que o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), entre na “briga” e assuma a gestão da Santa Casa de Misericórdia, que corre o risco de ser fechada, com a inauguração do Hospital Central.
“Por que o prefeito não vai lá e tem coragem de assumir a Santa Casa? Por que vai cobrar só do Governo do Estado e não cobra as Prefeituras também? Hoje todos têm que fazer a sua parte. Está todo mundo assim. 'Não funciona, joga para o Estado.' Tem que ter responsabilidade”, disse durante entrevista à imprensa.
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Questionado se a Prefeitura de Cuiabá teria dinheiro para assumir a administração da Santa Casa, Botelho garantiu que sim. “Tem, tem dinheiro sim. Ele [Abilio] disse que estava economizando R$ 100 milhões por mês, por que ele não coloca parte desse dinheiro lá na Santa Casa? Ou é mentira que ele está economizando?”, indagou o deputado.
Botelho destacou que a falta de iniciativa do prefeito em assumir a Santa Casa seria má vontade, afinal era uma promessa de campanha da última eleição.
“Ele copiou todo meu projeto todo o meu plano de governo. Ele falava que ia assumir a Santa Casa. Ele falava que ia colocar lá uma instituição e agora está jogando: ‘ah não é responsabilidade minha’. Tem que assumir, olha o programa dele de governo. Na campanha ele falou que ia assumir a Santa Casa. Agora é ‘não tenho interesse’, ‘não aguento’, criticou Botelho.
“Acho que o Governo pode participar sim, tem que participar, mas tem que ter a responsabilidade da Prefeitura, não é só jogar para o Governo”, completou.
Impasse
A Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, que funciona agora com o nome Hospital Estadual Santa Casa, era administrada pela Prefeitura de Cuiabá e está sob intervenção do Governo do Estado desde 2019. Com a inauguração do Novo Hospital Central, a unidade de saúde corre o risco de ser fechada e ter os atendimentos transferidos para o novo local.
A unidade então foi colocada à venda através de um leilão realizado no início do mês, com lance mínimo de R$ 54,7 milhões, mas não foi arrematada, pois não houve interessados.
A expectativa é que um novo leilão seja realizado, desta vez, com um valor mais baixo para o lance mínimo.