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Cuiabá, 08 de Dezembro de 2024
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09 de Outubro de 2013, 16h:23 - A | A

OPINIÃO / UTOPIA DA ADMINISTRAÇÃO

Quem exagera para mostrar eficiência corre riscos desnecessários

O executivo não é super homem e é incapaz de carregar um peso maior que a sua força interna lhe permite.

Reinaldo do Carmo de Souza



Os gurus da administração moderna empenham na tarefa de idealizar a empresa dos sonhos, redesenham organizações, aperfeiçoam o desenvolvimento de talentos e, num sentido mais amplo desses processos evolutivos, tentam definir as habilidades imprescindíveis a qualquer profissional.

Os pensadores do mundo corporativo são especialmente encantados com a tarefa de formatar as características encontradas nos executivos de sucesso. Como iniciativa, flexibilidade, competitividade, liderança, agilidade nas decisões, capacidade de prever cenários, compreensão, autocontrole etc. O céu é o limite para se configurar a receita ideal, embora seja difícil encontrar essa diversidade de competências numa mesma pessoa.

O ambiente empresarial, no entanto, tem testado com frequência o poder de superação de seus executivos diante de um cenário de incertezas e volatilidade, permeado por um sistema globalizado que encurtou distância e acirrou a concorrência. Portanto, o executivo que melhor compreender e identificar o ciclo para agir em conformidade com suas exigências estará em vantagem sobre os demais. E, para se atingir esse nível de excelência e performance, Há necessidade de se fazer um interesse busca pelo autoconhecimento. Assim dedicar-se a uma atividade introspectiva só trará benefícios e transformará seu olhar acerca das relações humanas e seus valores. Pincei alguns ensinamentos que, juntos, podem funcionar como uma espécie de amálgama entre o crescimento pessoal e profissional. E valerão pelo resto de nossas vidas.

O executivo não é super homem e é incapaz de carregar um peso maior que a sua força interna lhe permite. Não tente fazer tudo ao mesmo tempo para demonstrar competências e eficiências. Não corra riscos desnecessários somente para marcar uma posição. Este pode ser o primeiro passo rumo ao abismo.

A disputa pelas oportunidades joga as pessoas no pântano da discórdia. A administração de interesses divergentes e opostos é missão de todos. Num momento extremo, não permita que a vaidade pessoal comande seus instintos. Planeje antes de agir e aguarde sua hora. A conquista através do conflito é perigosa.

Comemore e vibre com o sucesso, mas fique atento porque o resultado positivo oculto às deficiências. Mantenha-se austero e prudente com suas convicções. Não deixe que o êxito transforme seu comportamento. Trata-se do instante ideal para firmar parcerias, fazer alianças, e contabilizar apoios importantes.

Os tropeços e adversidades são a circunstância adequada de se fazer um diagnóstico, avaliar o cenário é preparar as bases sólidas para retornar o caminho. Não é fácil perder. Seja forte para reagir. Nessa hora, fundamental recorrer aos parceiros.

O ambiente empresarial está cercado de armadilhas tentador e perigoso. Decida rápido, mas com serenidade. A oferta mais atraente pode não ser a melhor. Ouça seus pares, consulte e pondere. Mantenha o comando e não coloque

Ninguém consegue nada sozinho. Partilhe e compartilhe tudo que estiver o seu alcance. Envolva a equipe e faça com que cada um se sinta parte de um todo. Evite o “eu ganhei” e “nós perdemos”.

Seja como e onde for, uma postura ética e coerente fará a diferença. Mantenha-se fiel os seus princípios e enfrente as adversidades com coragem e obstinação. Seja assertivo, coerente, sereno, e lembre-se: nada é eterno na vida e, principalmente, no mundo corporativo.

*Reinaldo do Carmo de Souza é professor da Universidade de Cuiabá – UNIC pelo Programa de Expansão Universitária – PEU.

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