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Cuiabá, 19 de Setembro de 2024
19 de Setembro de 2024

26 de Novembro de 2012, 08h:18 - A | A

OPINIÃO / GABRIEL NOVIS NEVES

Caos

O mercúrio do nosso termômetro da desordem chegou ao seu grau máximo.

GABRIEL NOVIS NEVES



 “Estamos no fundo do poço”, “não há luz no final do túnel” “o caos está implantado”.


Expressam preocupação, insatisfação e desespero diante de situações graves, seja de cunho pessoal, político, econômico, administrativo ou social.


A torcida de quem ouve esses lamentos, sempre em silêncio, é esperar por dias melhores, pois “não há mal que dure para sempre”, diz a sabedoria popular.


Com o avanço da ciência, especialmente da cibernética, que é o estudo dos "sistemas de comunicação e de controle nos organismos vivos e nas máquinas",  surgiu a esperança de reversão daquilo que praticamente não tinha solução.


A teoria é válida se confirmada na prática, e é aí que mora o perigo – de ela ser desmoralizada, terminando no nada.


Recentemente vivenciei uma experiência em que consegui construir algo melhor quando o caos estava instalado e parecia-me que a situação era insolúvel.


Tudo se organiza depois do caos. Nessas ocasiões é que enxergamos soluções, tão presentes na nossa intimidade.


Um simples detalhe sempre ao nosso alcance funciona como o remédio procurado e jamais encontrado.


Lendo os jornais de Cuiabá avalio o caos em que vivemos.


Nunca imaginei que o meu Estado e a cidade onde nasci, fossem ser transformados em uma verdadeira enciclopédia de crimes sem soluções.


É o caos! Grande parte da nossa população acha que entramos em um beco sem saída.


A cada manhã em que leio os nossos jornais, penso que estamos à beira de uma solução com a reorganização da nossa sociedade.


O mercúrio do nosso termômetro da desordem chegou ao seu grau máximo.


O caos em que vivemos, para mim, é forte sinal de que estamos prestes a ver restabelecido o equilíbrio – segundo as leis da cibernética.


Pior que está a vida humana se tornará insuportável.

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