G1
DA REDAÇÃO
Ao menos 12 obras de mobilidade urbana da Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá apresentam graves riscos à saúde ou à segurança de seus operários. O número é resultado da última operação de vistoria encerrada na semana passada por fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em 22 canteiros de obras, que acabaram gerando um total de 443 autos de infração.
O balanço da operação foi divulgado nesta terça-feira (12) pelo chefe de fiscalização da Superintendência Regional, Amarildo Borges de Oliveira.
Segundo ele, as infrações foram cometidas pelas empresas e consórcios responsáveis pelas obras de ampliação do Aeroporto Marechal Rondon, de uma ponte na Avenida Archimedes Pereira Lima, no Centro Oficial de Treinamento (COT) da Barra do Pari, em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), e nas trincheiras da avenida Jurumirim, do Bairro Santa Rosa e do Bairro Santa Isabel.
As obras do Aeroporto são as que mais concentram irregularidades verificadas pelos fiscais em duas semanas de vistorias. Foram três interdições por falhas nos elevadores, nos andaimes e nos quadros elétricos operados pelos trabalhadores, além de dois embargos por irregularidades em escadas e nas condições de trabalho nas lajes.
As situações irregulares no aeroporto envolvendo os andaimes e as condições de trabalho nas lajes já foram regularizadas pelo consórcio de empreiteiras responsável, segundo consta do balanço da própria Superintendência. A Infraero informou, por meio de nota, que mantém equipes monitorando as construtoras responsáveis para que os problemas nas obras sejam resolvidos.
Nos demais canteiros de obras, os riscos aos operários foram constatados em áreas de escavação ou aterramento, nos equipamentos de proteção, na estrutura para trabalho nas alturas e em máquinas como betoneiras e perfuratrizes, entre outros.
Segundo o chefe de fiscalização, o número de autos de infração gerados nas vistorias se mantém equiparado ao número da operação anterior (pouco mais de 400 autos), realizada em março, mas sugere preocupação por se referir a obras atualmente sob observação de todo o mundo.
“Não é um número exorbitante de autos de infração, pois são muitas obras, muitos trabalhadores. Mas envolvem dinheiro público e o mundo interior está olhando para o Brasil e para Mato Grosso. O poder público e as empresas deveriam veicular isso como uma vitrine para o mundo”, critica Oliveira.