ESTADO DE MINAS
As fortes chuvas que atingiram São Paulo na segunda-feira, 23, alagaram ruas e avenidas, o subsolo de um prédio comercial e duas estações de Metrô. O motorista de aplicativo Jorge Garcia da Costa, de 62 anos, morreu em meio à inundação do edifício, em Santana, na zona norte.
Segundo o capitão Alexandre Veloso, do Corpo de Bombeiros, após os passageiros desembarcarem, ele foi surpreendido por uma enxurrada que invadiu rapidamente a garagem do local, na Rua Ezequiel Freire. "Pessoas que trabalhavam no prédio ainda tentaram salvá-lo, jogando uma mangueira, mas não conseguiram", diz Veloso.
O empresário Cristian Maia, de 43 anos, foi um dos que ajudaram. "Ouvi gritos de socorro quando estava no térreo e consegui vê-lo já fora do carro, mas estava mais para o fundo da garagem. A mangueira do hidrante era curta e não alcançou."
Ele diz que o motorista havia deixado os passageiros no prédio e ficou estacionado justamente para se proteger da chuva.
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Parte da família de Costa soube da tragédia pela TV. "Estávamos vendo jornal quando passou a notícia dos desaparecidos. Logo em seguida, o filho dele ligou e contou que era meu tio", diz Renan Barriatto, de 33 anos.
Segundo ele, Costa era motorista de aplicativo havia três anos e morava no Tremembé, também na zona norte.
As buscas foram feitas com botes. Mergulhadores foram ao local, mas não atuaram por causa da péssima visibilidade.
Inicialmente os bombeiros trabalhavam com a informação de dois desaparecidos, o motorista e uma passageira. Mais tarde, porém, ela apareceu.
A zona norte foi uma das regiões mais afetadas. Os acessos para as estações Santana e Tucuruvi, da linha 1-Azul do Metrô, ficaram alagados. O Metrô informou, porém, que a operação dos trens não foi afetada.