facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 13 de Maio de 2025
13 de Maio de 2025

12 de Dezembro de 2018, 13h:55 - A | A

NACIONAL / VEJA VÍDEO

'Estou na mão da lei', diz João de Deus em primeira aparição

O médium ficou poucos minutos na Casa Dom Inácio, em Abadiânia, nesta quarta (12) e disse que “não tinha condições de trabalhar”.

METRÓPOLES



Pela primeira vez depois das denúncias de crimes sexuais, que vieram à tona no fim de semana, o médium goiano João Teixeira de Faria, o João de Deus, apareceu nesta quarta-feira (12/12), por volta das 9h30 na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO). Ele atende pacientes no local há 44 anos, as quartas, quintas e sextas-feiras.

Ao descer do carro quando chegou ao local, entrou na sala de orações e falou rapidamente com os seguidores. João de Deus ficou sete minutos na Casa e disse que “não tinha condições de trabalhar”. 

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

“Meus queridos irmãos e minhas queridas irmãs, agradeço a Deus por estar aqui, mas quero cumprir a lei brasileira, pois estou na mão da lei brasileira. O João de Deus ainda está vivo. Que a paz de Deus esteja com todos”, declarou o médium. 

Na saída disse: “Sou inocente.” A primeira aparição de João de Deus foi marcada por um grande tumulto. Seguidores chegaram a agredir verbal e fisicamente os jornalistas. “Vocês terão câncer e vão voltar aqui para se curar“, disparou uma mulher.

João de Deus foi embora da Casa Dom Inácio e tomou rumo ignorado. Segundo a assessora Edna Gomes, ele teve um pico de pressão. Segundo os voluntários que estavam dentro da sala de orações, o médium refutou as denúncias de abuso e afirmou que a Justiça irá decidir sobre todas as acusações. 

Ainda de acordo com testemunhas, João de Deus explicou que não se sentia confortável para fazer cirurgias espirituais e outros atendimentos. Agradeceu a oportunidade de estar no local e saiu amparado. Muitos seguidores começaram a chorar.

Voluntário há mais de 20 anos, Cláudio José Antônio Prujá explicou que João de Deus não conseguia incorporar nesta manhã. “O médium precisa estar relaxado, tranquilo. Ele não tinha condições. Mas ele veio e mostrou a cara. Disse pra todo mundo que a Justiça vai decidir”, contou ao Metrópoles. 

Até o momento, 450 denúncias foram protocoladas em Ministérios Públicos de 10 estados e no Distrito Federal. Coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal do Ministério Público de Goiás, Luciano Miranda Meireles avalia que as denúncias de abuso sexual envolvendo o líder espiritual João Teixeira de Faria tem potencial para alcançar uma dimensão maior do que o caso de Roger Abdelmassih. 

 

O ex-médico de reprodução assistida foi condenado a 181 anos de prisão por estupro de pacientes. “Pela movimentação que estamos assistindo, o número de mulheres que se apresentam como vítimas deverá ser maior. Há relatos de abusos ocorridos há 20 anos.”

Veja Vídeo:

 

 (fotos abaixo de Michel Melo)

 

Álbum de fotos

Comente esta notícia