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Cuiabá, 11 de Outubro de 2024
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16 de Outubro de 2014, 16h:18 - A | A

JUDICIÁRIO / NOVO PRESIDENTE DO TJMT

'Nosso eleitorado é de alto nível e não há como falar que fez isso ou aquilo', diz Paulo da Cunha

Este ano a eleição passou a ser direta, ou seja, qualquer desembargador pôde ser candidato

ANA ADÉLIA JÁCOMO
DA REDAÇÃO



O desembargador Paulo da Cunha foi eleito novo presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) para o biênio 2015-2016 nesta quinta-feira (16). Em entrevista ao RepórterMT, ele afirmou que sua esmagadora vitória é fruto de muito diálogo, e não de qualquer tipo de acordo, classificado por ele como “carta na manga”.

Ele recebeu 21 votos dos 29 desembargadores do TJ. Concorreu contra Carlos Alberto da Rocha, presidente da Amam (Associação Mato-grossense dos Magistrados), que obteve oito votos e o Corregedor do TJ/MT, Sebastião Barbosa Rocha, que renunciou à disputa. Cunha assume o cargo em fevereiro do ano que vem em substituição ao atual presidente, Orlando Perri. 

“Foi uma escolha e não teve ‘carta na manga’. Conversei com os meus colegas; nosso eleitorado é de alto nível e não há como falar que fez isso ou aquilo. Não! Eles deliberaram. Eu fiquei muito honrado e ao mesmo tempo me sinto com uma responsabilidade muito grande de ocupar o cargo e vou dignificar esse cargo da melhor maneira possível”, declarou o presidente eleito.

Este ano a eleição passou a ser direta, ou seja, qualquer desembargador pôde ser candidato, independente da antiguidade, e ocupar um cargo de direção, como de presidente. Cunha já poderia ser considerado o próximo presidente do Tribunal, por ser o mais antigo, como era feita até a última eleição.

"Eu fiquei muito honrado e ao mesmo tempo me sinto com uma responsabilidade muito grande de ocupar o cargo e vou dignificar esse cargo da melhor maneira possível”

Paulo da Cunha irá administrar juntamente com as desembargadoras Maria Erotides Baranjak, que será a nova corregedora, e Clarice Claudino da Silva, eleita vice-presidente, que foram escolhidas por aclamação durante sessão administrativa do Tribunal Pleno, já que concorriam sozinhas aos cargos.

Planos de gestão

Paulo da Cunha afirmou que vai focar sua gestão na concretização do “Planejamento Estratégico do Poder Judiciário”, levantamento das necessidades de cada polo do Estado, que foi aprovado pelo Pleno e tem traçado os próximos cinco anos de investimentos do Tribunal.

“O planejamento tem um foco, entre outros, na primeira instância porque os processos iniciam nela e depois vem para o Tribunal. São poucos que começam aqui. Temos que dar uma ênfase na primeira instância. Esse é o foco, para que a população tenha uma resposta célere às suas demandas. É essa lentidão que a população reclama”, completou ele.

O planejamento foi feito através de audiências públicas nas 11 comarcas polo do Estado, onde foram ouvidos servidores, magistrados, instituições como Ministério Público, Defensoria, Ordem dos Advogados do Brasil e população em geral.

Servidores na expectativa

Nos bastidores, a ideia de ter Paulo da Cunha como presidente é vista com muito temor, já que os funcionários do Tribunal, que são efetivos, tiveram o cargo incorporado, ou seja, vários benefícios agrupados no salário.

Para muitos, Paulo da Cunha tem a visão de que esse ato de incorporação é considerado nulo. Com isso, o salário desses servidores teria uma redução drástica. 

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