DA REDAÇÃO
O secretário adjunto da Secretaria de Comunicação de Mato Grosso (Secom), Elpídio Spiezzi Junior, preso e solto durante a Operação Edição Extra realizada pela Delegacia Fazendária de Mato Grosso atribuiu aos secretários da Secom a responsabilidade no pagamento de R$ 40 milhões por materiais gráficos.
A informação foi prestada ao delegado Carlos Cunha, que preside o inquérito da Operação, deflagrada dia 18 de dezembro.
“Eu sou um assessor da secretaria, quem determina compra, isso ou aquilo sempre é o secretário”, disse Elpídio em entrevista à reportagem da TV Centro América.
Elpídio, porém, disse que não tinha conhecimento dos pagamentos as gráficas e não responsabilizou nominalmente nenhum secretário. Atualmente, a Secom do Estado é comandada pelo jornalista Marcos Lemos. “Eu desconheço. Se aconteceu foi através de outras pessoas e não das que trabalham comigo”, frisou.
Elpídio teve mandado de prisão temporária cumprido junto com o secretário-adjunto de Administração, José Jesus Nunes Cordeiro, que também prestou depoimento ao delegado fazendário, mas saiu sem dar entrevista. Ele também foi liberado após ser preso.
Os empresários Dalmi Defanti, Jorge Defanti e Fábio Defanti e o funcionário da gráfica Print, Alessandro Teixeira Nogueira, também foram presos, mas devido a adulteração de provas tiveram a prisão preventiva decretada. Eles conseguiram habeas corpus no dia de Natal.
EDIÇÃO EXTRA
A Delegacia Fazendária investiga um rombo de R$ 40 milhões nos cofres públicos por meio de licitações para aquisição de produtos gráficos. De acordo com o esquema, 75% do valor fraudado retornava a autoridades públicas do Estado e 25% ficavam com os empresários. As investigações iniciaram com a denúncia de um empresário que foi excluído do certame em 2011.
De acordo com as investigações, os empresários das maiores gráficas do Estado se articularam previamente para vencer as licitações estabelecendo preços e evitando a concorrência livre no pregão. Com FolhaMax