G1/SE
Por volta das 21h50 (horário local) desta quinta-feira (6) foi encerrado, após mais de 36 horas, o julgamento dos réus suspeitos de envolvimento na morte de uma jovem de 19 anos no ano de 2003. O julgamento foi realizado no Fórum Gumersindo Bessa, em Aracaju (SE).
O juiz Alício De Oliveira Rocha Júnior decidiu acatar a denúncia do Ministério Público, de que a mãe da adolescente teria obrigado a filha a procurar um farmacêutico para realizar um aborto, que acabou provocando a morte da jovem. O farmacêutico também foi condenado.
Nadja Tavares de Almeida, mãe da jovem, foi condenada a 11 anos e um mês de reclusão, mas vai poder recorrer em liberdade porque no entendimento do magistrado a parte “permaneceu solta durante grande parte do andamento processual”.
Em conversa com o G1 a defesa de Nadja disse que vai interpor um recurso por entender que existiram algumas falhas no processo e acredita que conseguirá um novo julgamento.
João Monteiro Fontes, farmacêutico e proprietário do estabelecimento onde o aborto de forma clandestina teria sido executado, foi condenado a 16 anos de reclusão. Ele também vai poder recorrer em liberdade. A defesa dele disse que vai entrar com um recurso e pleitear um novo julgamento.
O ex-namorado, que é uma das testemunhas do processo, disse em júri que era contra o aborto e negou que tenha agredido a namorada como argumentou a defesa da mãe da jovem.