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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
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03 de Dezembro de 2018, 10h:40 - A | A

GERAL / MAIS MÉDICOS

Mato Grosso preenche com brasileiros 100% das vagas de cubanos

Adesão não significa que os profissionais já podem trabalhar, pois, os médicos brasileiros ainda vão passar por avaliação das prefeituras.

MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO



Todas as 132 vagas abertas pelo programa Mais Médicos em Mato Grosso teve 100% de adesão. A informação é da coordenadora de Atenção Primária da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), Regina Paula de Oliveira Amorim Costa.

As vagas foram abertas por meio de edital lançado pelo Governo Federal, no início da semana passada, para preencher os postos de trabalho que foram deixados pelos médicos cubanos, após o governo caribenho anunciar a saída do programa por causa das declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). O futuro governante questionou a competência dos médicos estrangeiros para atuar no país e impôs novas regras.

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Mato Grosso conta com 258 médicos cadastrados no programa. Desses, 132 eram cubanos, ou seja, os profissionais atendiam um terço da população mato-grossense.

Regina ponderou que o preenchimento de 100% das vagas não significa que os médicos já estão contratados para atuar nos municípios, pois, a documentação deles ainda será analisada pelas prefeituras, por meio do processo de “validação”, seguido da “homologação”. A partir daí, os profissionais serão anunciados para ocupar seus respectivos postos de trabalho. O prazo final será no dia 14 dezembro.

Do total de vagas, apenas 11 foram homologadas em nove municípios. São eles: Cáceres (1), Chapada dos Guimarães (2), Claudia (1), Diamantino (1), Peixoto de Azevedo (1), Tangará da Serra (2), Várzea Grande (1), Nova Mutum (1) e Vila Bela da Santíssima Trindade (1).

O Mais Médicos foi criado em 2013, durante a gestão da então presidente Dilma Rousseff (PT). O objetivo era ampliar o número de profissionais no interior do país, sendo que das 18.240 vagas, cerca de 8.500 foram ocupadas por médicos cubanos.

Fim do acordo

No dia 14 de novembro, o Ministério da Saúde cubano divulgou nota afirmando que a saída do programa foi ocasionada pelos questionamentos do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) que colocavam em ‘cheque’ a qualificação dos cubanos e seu projeto de modificar o acordo, exigindo revalidação de diplomas no Brasil e contratação individual.

No texto, Cuba também chama de “inaceitáveis” as ameaças de alterações no termo de cooperação e diz que o povo brasileiro saberá a quem responsabilizar pelo fim do convênio.

À época, em sua conta no Twitter, Bolsonaro rebateu as críticas ao escrever que a maior parte dos salários dos médicos vai para o Governo Cubano.

"Condicionamos a continuidade do programa Mais Médicos à aplicação de teste de capacidade, salário integral aos profissionais cubanos, hoje maior parte destinados à ditadura, e a liberdade para trazerem suas famílias. Infelizmente, Cuba não aceitou", afirmou.

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