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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
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29 de Novembro de 2018, 18h:02 - A | A

PODERES / TAXAÇÃO DO AGRO

Jayme Campos: Eu não quero que Mato Grosso seja um fazendão particular

Senador eleito disse esperar que a possível implantação de novos impostos ao setor ajude a distribuir a renda no Estado.

MIKHAIL FAVALESSA
DA REDAÇÃO



O senador eleito Jayme Campos (DEM) voltou a defender a taxação do agronegócio no Estado. Jayme disse ser possível aumentar os impostos pagos pelo setor para distribuição de renda e para a industrialização da produção.

Jayme defende o modelo adotado por Mato Grosso do Sul, em que uma lei estadual limita o volume da exportação de produtos primários e semielaborados.

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“Eu não quero que Mato Grosso seja um fazendão particular. E, sobretudo, eu espero que os filhos dos mato-grossenses não sejam peões de meia dúzia. Que tenha a mesma oportunidade, como os filhos de muitos que chegaram aqui, ajudaram a construir Mato Grosso e tiveram essa oportunidade. Acho que o filho do mato-grossense, do mais humilde, tem direito de um dia ser patrão”, declarou.

Jayme participou de uma audiência pública realizada na Assembleia Legislativa para discutir o tema. Foram reunidas diversas lideranças políticas do Estado e também representantes do agronegócio.

O democrata ainda disse ser possível arrecadar cerca de R$ 8 bilhões nos próximos quatro anos com a taxação do setor. Os valores, na opinião de Jayme, poderia salvar o caixa do Estado.

"Mato Grosso arrecadaria rapidão quase R$ 2 bilhões . Em quatro anos seriam R$ 8 bilhões. Nós vamos botar a casa em ordem, funcionário vai receber a RGA, não vai faltar recursos para fazermos mais moradias para os trabalhadores, poderá ter até recurso para investir na agricultura familiar”, projetou Jayme.

“Em uma matemática rápida, você sabe quando se arrecada aqui? Um pouquinho, se cada um pagar como paga o pecuarista... Como eu pago também, eu sou do agronegócio, pago 3% na venda de uma vaca que é o Fethab... Mato Grosso arrecadaria rapidão quase R$ 2 bilhões . Em quatro anos seriam R$ 8 bilhões. Nós vamos botar a casa em ordem, funcionário vai receber a RGA, não vai faltar recursos para fazermos mais moradias para os trabalhadores, poderá ter até recurso para investir na agricultura familiar”, projetou.

Ele defendeu a apuração de supostos casos de sonegação de impostos que estariam acontecendo no setor produtivo. A tese do senador eleito é de que muitos produtores estariam declarando produtos como soja e milho como se fossem para exportação, mas vendendo internamente.

“É fundamental que aqueles incentivos que havia e ainda há quando foi implantado, primeiro, ao algodão... já foi vencido, e temos rever o conceito de aplicação desse incentivo. Segundo, nós temos que ver de forma muito clara o combate à sonegação, sobretudo daqueles que dizem que estão exportando e estão deixando no mercado interno. Os dados dizem que são mais de 30%. Terceiro que nós temos que buscar a agroindustrialização da nossa produção, seja da soja, seja do algodão”, afirmou o democrata.

Jayme lembrou que, em 2018, cerca de R$ 500 milhões em incentivos fiscais foram destinados à produção de algodão no Estado.

O senador eleito defendeu a revisão da Lei Kandir, de âmbito nacional, que desonera produtos primários do pagamento de impostos quando destinados á exportação. “Quando o Governo Federal implantou essa política da Lei Kandir, que era por 20 anos e já prescreveu, ele naturalmente a missão de incentivar a produção das commodities, sobretudo na região Centro-Oeste do Brasil. Todavia, eu acredito que isso já foi cumprido inteiramente”, avaliou.

“O que nós não queremos, sob hipótese alguma, que o Estado que é muito rico, o maior produtor de soja, de algodão, de milho... Detém o maior rebanho do país, e que lamentavelmente essa riqueza não chega ao alcance das pessoas, sobretudo da classe trabalhadora”, defendeu Jayme Campos.

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Davi 29/11/2018

Mauro Mendes está seguindo o mesmo caminho. Foi eleito pela impopularidade do Taques mais do que por seus méritos e já trava uma perseguição contra os servidores em defesa de lobistas e financiadores de campanha.

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