DA REDAÇÃO
O deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) elaborou um projeto de lei para obrigar a destinação de recursos recuperados da corrupção para programas de saúde e educação em Mato Grosso. Os valores são aqueles recebidos pelo Estado por meio de acordos de colaboração premiada fechados pelo Ministério Público e homologados pela Justiça - o projeto é de 2017.
Em junho de 2018, Fabris foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Estado por corrupção no período em que esteve à frente da Assembleia Legislativa. Ele teria participado, ao lado do ex-deputado José Riva, de um esquema que desviou R$ 1,5 milhão do Legislativo em 1996. Empresas de fachada teriam sido utilizadas para lavar dinheiro da Assembleia – o caso é investigado na Operação Arca de Noé.
O projeto destaca que a economia perde, todos os anos, de 1% a 4% do Produto Interno Bruto (PIB) com a corrupção. A Justiça Federal em Mato Grosso recuperou mais de R$ 6 milhões em ações da Operação Ararath, por exemplo.
A condenação de Gilmar Fabris fez com que a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), do Ministério Público Federal (MPF), impugnasse a candidatura dele neste ano. Já o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cassou sua candidatura. Ele recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que ainda não decidiu a questão.