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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
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13 de Novembro de 2016, 07h:55 - A | A

OPINIÃO /

Transfusão de felicidade

É bom fazer aniversário, mas o medo de envelhecer faz com que tiramos os pés do acelerador

WILSON SOARES FUÁH



Aniversário é uma palavra latina que significa "aquilo que volta todos os anos". Anniversarius vem de annus (ano) e vertere (voltar), ou seja, aquilo que se faz ou que volta todos os anos. Dia 15 novembro é o dia da programação da minha felicidade.

Como é bom fazer aniversário, mas o medo de envelhecer faz com que tiramos os pés do acelerador. Antes, quando criança, pensava que era um dia especial por ganhar presentes. Hoje vejo que não é bem isso, até porque quanto mais velho eu fico, menos presente eu ganho, mas mesmo assim, é um dia muito especial para reflexões e promover a faxina da alma. 

No dia do nosso aniversário o primeiro presente é dado por Deus, por que ao amanhecer recebemos a alvorada de um novo dia, e celebramos a felicidade de estarmos vivos, e poder contemplar cada detalhe da beleza infinita da natureza, respirar o frescor do ar e ouvir os sons da vida. 

Além do maior presente que é a própria vida, junto vem o entendimento, que devemos viver plenamente cada minuto que nos resta e viver feliz como se hoje fosse o último dia da nossa existência, retribuindo esse presente ao outros em forma de gentileza, compartilhando a nossa felicidade com todos aqueles que vivem em nosso redor, distribuindo  abraços a todos indistintamente como se fôssemos fazer uma transfusão de felicidade, passando sempre a mensagem que a felicidade vem de dentro para fora e não ao inverso. 

Nessa data marcante é como se nascemos de novo, mas hoje não um dia qualquer, hoje é o meu aniversário, nesse dia recebemos além dos presentes, recebemos o reconhecimento de amizade em forma de votos de felicidades, e ficamos a pensar, são 24 horas apenas, mas é um dia diferente, e parece que o hoje, o agora, tudo, tudo até o tempo pode esperar, parece que todas as soluções foram alcançadas ou prorrogadas, por esta data esquecemos os problemas.

Passado as festas, vêm as reflexões, porque o correto é renascer para o nosso dia-a-dia e enfrentar com coragem, com simplicidade e humildade, compreensão e criatividade, respeito ao próximo, porque a vida é luta, por isso que devemos viver com esperança porque faz bem e melhora a nossa vida, independente das conquistas ou da idade o importante é projetar metas, porque quando não houver mais o que apreender ou que conquistar está decretado o nosso fim, nunca devemos aposentar o nosso futuro.

Falar é fácil, mas viver é muito mais fácil, é que muitos ficam a remoer o passado de tristeza e poucos fazem para bem aproveitar o presente sabendo que o futuro depende do que estamos fazendo agora. 

No meio do mês de novembro é o meu aniversário, data festiva e alegre, mas à medida que os anos avançam, vem os famosos questionamentos: 

Até aos 18 anos achamos que éramos perpétuos e invencíveis. Aos 60 parece que estamos muito rapidamente aproximando de Deus, muito rapidamente e a partir dai sem querer, tiramos os pés do acelerador como se fosse possível fazer os anos passarem mais devagar.  Aprendi que precisamos transmitir aquilo que Deus nos deu, nosso dom em forma de amor ao próximo, e principalmente os mais próximo.

Hoje mais velho, tenho em meus ensinamentos, recordações de meu passado, ensinamentos dos meus pais que foram transformados em confirmação do meu presente. Diante da saberia dos nossos ancestrais fica a confirmação de que nem tudo sabíamos, hoje sabemos que do futuro nada sabemos, e são essas reflexões que me fazem recordar momentos inocentes e felizes da minha infância, sentimentos de vivas lembranças das festas dos meus aniversários: cheiros de salgadinhos no ar, gosto de refrigerante, o cantar do parabéns e o grito de vivas! 

Fico grato aos meus pais pelos seus ensinamentos, e ainda mais saber que as minhas ações, é a composição do verdadeiro curriculum vitae da minha existência. Fica a expectativa de que o futuro está logo ali, e o amanhã será apenas os dias permitidos de vida que nos restam, e que serão somados após cada aniversário. Viver é um livro que escrevemos em etapas contínuas da vida.

Wilson Carlos Fuáh é economista e Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.

Fale com o Autor: [email protected]                                      

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