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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
25 de Abril de 2024

25 de Novembro de 2014, 17h:16 - A | A

POLÍTICA / FICHA SUJA, NÃO!

Movimento TCE Ficha Limpa protocola critérios para vaga de conselheiro

Entre as exigências o grupo pontua que, qualquer um que seja o indicado pela Assembleia para assumir a vaga, terá que ter fica limpa, reputação ilibada e conhecimentos jurídicos e contábeis

MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO



Intitulado “Ficha Limpa TCE”, o movimento que reúne cerca de 15 sindicatos e entidades de classe, que apoiam os servidores da Corte de Contas, protocolou na Assembleia Legislativa, na tarde desta terça-feira (25), um pedido para que a Casa realize um processo democrático e transparente para a escolha do novo conselheiro do TCE, que deve substituir Humberto Bosaipo, atendendo os critérios elencados pelo movimento que refuta a possibilidade de que a vaga seja ocupada pelo suplente de deputado Gilmar Fabris (PSD), ou qualquer outro considerado “ficha suja”.

Antes de se dirigir para ALMT, o movimento realizou um 'abraço simbólico' no Tribunal de Contas do Estado repudiando a possibilidade de Gilmar Fabris vir a ser o escolhido para a vaga de Bosaipo. (Leia mais aqui)

Ao RepórterMT , Domingos Lima, que representa os servidores do TCE, frisou que o movimento vai buscar uma audiência com o presidente da Assembleia, deputado José Riva (PSD) para reforçar as exigências do grupo.

“Vamos tentar uma audiência para ver quais são as viabilidades de atender o nosso requerimento, e com toda certeza vamos mobilizar a sociedade para que ela nos ajude nesse empreendimento”, declarou.

RepórterMT

TCE.jpg

Servidores fizeram 'abraço simbólico' ao prédio do Tribunal de Contas do Estado como forma de repudiar possível indicação de Gilmar Fabris (PSD) para o lugar de Humberto Bosaipo

Apesar de o movimento ter iniciado diante dos rumores de que Gilmar Fabris seria o indicado para a vaga, Domingos ressalta que a manifestação não tem cunho pessoal e sim ético.

“Se a Assembleia achar que tem que ser o deputado e  ele atender os requisitos tudo bem, mas reputação ilibada não é só ter transitado e julgado. Na nossa concepção é a pessoa  não estar sendo processada, não estar sendo alvo de investigação policial, não estar  envolvida em escândalo público. Imagine só a pessoa com esse currículo ir para o Tribunal de Contas que vai cuidar justamente e vai fiscalizar o erário, a aplicação dos recursos públicos por outros agentes públicos, na verdade isso não é apropriado”, criticou.

Entre as exigências, o grupo pontua que qualquer um que seja o indicado pela Assembleia para assumir a vaga tem que ter ficha limpa, reputação ilibada e conhecimentos sobre  área jurídica e contábil.

Após as manifestações no TCE e na Assembleia, o grupo seguiu para a sala de transição da equipe do governador eleito Pedro Taques (PDT), onde tentariam uma reunião com o próximo chefe do Executivo Estadual.

"O Tribunal hoje custa mais ou menos R$ 280 milhões para o povo, então ele não pode ser “cabide” para político fracassado em eleição" .

MCCE

Representando o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, o manifestante Vilson Nery frisou que o objetivo é que o processo seja aberto para qualquer cidadão que preencha os requisitos e que seja potencializada a conscientização da responsabilidade do TCE.

“O Tribunal hoje custa mais ou menos R$ 280 milhões para o povo, então ele não pode ser “cabide” para  político fracassado em eleição . Ele tem que ser um espaço que é um espaço técnico para apreciar contas”, disparou. 

Além da Assembleia, o governo do Estado e a direção do Tribunal de Contas também já teriam sido notificados pelo Ministério Público Estadual, quanto à necessidade de que o indicado preencha os requisitos exigidos na Constituição.

 GILMAR FABRIS

O suplente de deputado Gilmar Fabris que no mês de setembro, quando disputava novamente uma vaga na Assembleia Legislativa, teve sua casa e seu escritório revirados pela ação da Polícia Federal, durante a sexta fase da Operação Ararath, foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em 2012, sob a acusação de arrecadação e gasto ilícito na campanha eleitoral de 2010. Ele teria movimentado R$ 400 mil usando os chamados cheques “guarda-chuva”, que trocados na boca do caixa dificultam o trabalho da Justiça Eleitoral.

Fabris também já havia siso acusado de compra de votos nas eleições de 2006 e se manteve no cargo graças a uma liminar. Enquadrado na Lei da Ficha Limpa ele teria praticado compra de votos no município de Poxoréo, onde foi encontrado uma caderneta, com nomes e local de votação de 99 eleitores, o que teria comprovado a prática criminosa. 

Além de Fabris também estariam sendo cotados para ocupar a vaga deixada por Bosaipo, o governador Silval Barbosa, o deputado estadual José Riva (PSD), sua esposa e ex-candidata a governadora Janete Riva (PSD) e o deputado estadual José Domingos Fraga (PSD).

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