JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO
A Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) deve concluir o laudo que irá identificar as causas do incêndio no prédio Sunset Boulevard, no bairro Araés, em Cuiabá, somente no fim desta semana.
O fogo atingiu a rede elétrica do edifício, na madrugada do dia 14 de outubro, deixando 92 famílias desabrigadas. O prédio foi evacuado pelo Corpo de Bombeiros, e segue interditado para a moradia.
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No início do mês, a empresa Proseg (seguradora do edifício), divulgou um laudo técnico feito na fiação do Sunset Boulevard, apontando a construtora Plaenge como culpada pelo incêndio.
O documento apontou que o fogo não teria começado por fatores externos, como sobrecarga ou curto-circuito, tendo origem em algum apartamento. E sim, na instalação na própria fiação elétrica do prédio.
O INCÊNDIO
O fogo começou no prédio por volta das 4h30. Ao perceberem a fumaça preta e tóxica, os moradores começaram a sair do prédio pelas escadas de emergência. No entanto, o edifício só terminou de ser evacuado às 11h30. Um bebê de apenas nove meses teve que descer 15 andares de rapel com um militar.
RepórterMT
Incêndio que atingiu o Prédio Sunset Boulevard
RELATO DRÁMATICO
O morador do 18º andar, Elson Duques dos Santos contou que, por volta das 4h30, ouviu o barulho dos vizinhos gritando que o prédio estava pegando fogo. “Acordamos assustamos. Quando fui na cozinha eu vi a fumaça preta. Só deu tempo de correr, pegar a roupa do corpo, molhar um pano e fugir pela escada de incêndio com minha esposa e outros três filhos”, explicou.
Segundo Elson, a fumaça preta se espalhou pelos corredores de todos os andares, sendo impossível enxergar. “Todo mundo que teve tempo desceu pela escada correndo, houve muito pânico. Estou desde a madrugada aqui recebendo apoio dos vizinhos e aguardando algum posicionamento das autoridades”, falou.
MANIFESTAÇÃO
Três dias após ficarem desabrigados, as 92 famílias fizeram uma manifestação cobrando que a Plaenge arcasse com todo o prejuízo de moradia e alimentação que os moradores estão tendo. O protesto começou na frente do prédio e terminou na frente da Plaenge, na Avenida São Sebastião, no bairro Goiabeiras, na Capital.
RepórterRMT
Moradores fizeram protesto em frente à sede da Plaenge, em Cuiabá
Uma comissão das famílias se reuniu com o diretor da construtora, Rogério Fabian, que pediu aos moradores para fazer uma planilha de futuros gastos. O orçamento seria encaminhado para os diretores da empresa, na sede da empresa, na cidade de Londrina (PR). Com isso, os diretores irão analisar os preços e ver a possibilidade de custear as despesas.