Mulher com duas vaginas faz sucesso nas redes sociais contando sua história

Repórter MT

O sexo foi muito bem vindo na minha vida, depois de tirar um pouco dos traumas e aprender a lidar com isso.

LORIANE VILLAR
DO REPÓRTER MT

“A mulher de duas vaginas”. É assim mesmo que ela se apresenta nas redes sociais.

Maysa Rodrigues é portadora de uma anomalia rara, conhecida como útero didelfo. Ela descobriu essa condição aos 17 anos, logo depois do casamento. Em entrevista ao RepórterMT, ela contou que se casou virgem e sentia muitas dores durante a relação sexual, incômodos e um sangramento fora do normal; até que procurou um médico.

“O médico deixou claro que o problema durante a relação sexual era pelo segundo canal vaginal estar intacto, então eu precisava chegar em casa e tornar ele funcional. Eu tinha que ter relação sexual com o segundo canal, para não ter mais problema durante o sexo.”

Maysa teve que aprender a se relacionar sexualmente de forma diferente. Ele contou que foram meses de aprendizado e descobertas. Depois ela teve dois filhos e a história se tornou pública. Hoje ela dedica parte do tempo também a pesquisar e falar sobre o assunto na internet.

“A intenção da  minha história, de falar que eu tive dois partos prematuros, a vida sexual ativa, o auto conhecimento e melhorar a autoestima, era pra conhecer outras mulheres; porque eu sei que outras mulheres do didelfo se sentem como eu. E não falam.”

A estudante do curso técnico de enfermagem completou dizendo que o assunto ainda é um tabu pra muita gente. Pra tentar desmistificar isso, trata com naturalidade.

Maysa tem  dois úteros, dois colos uterinos e dois canais vaginais externamente; apenas uma vulva e um clitóris, o que faz com que essa anomalia seja quase imperceptível. Isso quer dizer que ela pode engravidar nos dois úteros, um de cada vez, com semanas de diferença e de pais diferentes.

Útero didelfo

O útero didelfo é uma das malformações uterinas que acaba formando dois úteros, podendo ter cada um à sua abertura, ou terem ambos o mesmo colo uterino. A condição rara atinge 1 em cada 3 mil mulheres.

Veja o vídeo:

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