Governo retira trilhos do VLT para começar obras do BRT

Reprodução

Sinfra iniciou retirada de trilhos do VLT

JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTERMT

O Governo de Mato Grosso iniciou nessa quinta-feira (1º) a retirada das estruturas por onde passaria o Veículo Leve sob Trilhos (VLT), na Avenida da FEB, em Várzea Grande. A obra, prevista para a Copa do Mundo de 2014, teve escândalos de corrupção e nunca foi concluída.

Conforme a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra), serão retirados os trilhos e os postes que seriam utilizados pelo VLT. O material será levado para um depósito.

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Ao RepórterMT, a Sinfra informou que a retirada das estruturas é uma das ações necessárias para o início das obras do Bus Rapid Transit (BRT), que estão previstas para começar em março de 2023.

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Ainda conforme a secretaria, os vagões do VLT são de responsabilidade de Consórcio VLT, assim como as demais estruturas que estão sendo retiradas.

Em agosto deste ano, o governador Mauro Mendes (União) assinou a ordem de serviço para dar início às obras do Bus Rapid Transit (BRT), em Cuiabá e Várzea Grande. A expectativa é que a obra tenha início em março de 2023.

O Consórcio Construtor BRT Cuiabá, liderado pela empresa Nova Engevix, foi o vencedor da licitação. A obra de mobilidade urbana foi orçada em R$ 468 milhões.

Mauro decidiu pelo BRT após um ano de Governo, baseando-se em estudos técnicos que comprovaram que o BRT era mais viável que o VLT. Além disso, o contrato com o Consórcio VLT foi rescindido pela Justiça em 2020.

A mudança do modal foi alvo de disputas judiciais entre Mauro e o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), mas as obras já devem ter início no ano que vem.

As obras do VLT em Mato Grosso desencadearam um enorme escândalo de corrupção no estado. O ex-governador Silva Barbosa, responsável por implementar as obras do modal, que estava previsto para a Copa do Mundo de 2014, acabou preso após o esquema ser revelado.

Estima-se que o VLT custou mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos.