GUSTAVO CASTRO
KARINE ARRUDA, ADAIR CARVALHO
A inauguração do Autódromo Internacional de Mato Grosso já começa a reposicionar Cuiabá dentro do cenário do automobilismo nacional, e, segundo o piloto Nelsinho Piquet, tende a projetar o nome da capital também no circuito internacional. Durante entrevista na etapa da Stock Car, o piloto destacou que estruturas como a recém-inaugurada pista mudam a percepção de uma cidade e ampliam seu alcance no esporte.
Piquet lembrou que, em diferentes lugares do mundo, autódromos transformam regiões pequenas e pouco conhecidas em polos de referência.
“Tem cidades no exterior que o mundo inteiro só conhece por causa da Fórmula 1. Silverstone, por exemplo, é minúscula, mas todo mundo sabe onde é por causa do autódromo”, disse.
Segundo o piloto, embora Cuiabá não se compare em tamanho a esses centros, a construção de uma pista deste porte funciona como um marco capaz de movimentar toda a economia local e atrair atenção para o estado.
“É muito importante para a categoria e para a cidade. Autódromos trazem mais do que corrida: movimentam hotéis, restaurantes, aeroportos e ampliam horizontes para patrocinadores”, afirmou.
Para ele, a presença de um autódromo permanente no Centro-Oeste ajuda a expandir as possibilidades da Stock Car e de outras modalidades, fortalecendo o vínculo com setores econômicos, especialmente o agronegócio, que é forte em Mato Grosso.
“Uma coisa é buscar um patrocinador local para um campeonato que corre aqui pelo menos uma vez ao ano. Outra é não ter nenhuma corrida na região. A pista abre portas”, completou.
O novo autódromo, localizado no Parque Novo Mato Grosso, recebe hoje (13) sua primeira grande programação, reunindo Stock Car, TCR South America, TCR Brasil e Turismo Nacional. A etapa marca a entrada definitiva de Cuiabá no calendário anual do automobilismo sul-americano e deve movimentar milhares de pessoas entre pilotos, equipes e turistas.
Para os pilotos, a chegada da nova pista não só diversifica o calendário, como cria um novo polo esportivo capaz de atrair outras competições no futuro.
“É um ecossistema que se forma ao redor do autódromo. Todo mundo ganha”, concluiu Nelsinho.
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